Sábado, 14 de dezembro de 2024

Sábado, 14 de dezembro de 2024

Voltar Deputada federal é intimada pela Polícia Federal por divulgar foto sua com metralhadora em post contra Lula

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu o prazo de 15 dias para que a Polícia Federal (PF) notifique a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) a prestar depoimento sobre uma postagem em suas redes sociais contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar da intimação, a parlamentar não é obrigada a comparecer.

“Determino que a autoridade policial, em até 15 dias, intime a deputada federal Julia Pedroso Zanatta para, querendo, prestar depoimento e os esclarecimentos cabíveis”, escreveu o ministro do Supremo.

A deputada bolsonarista publicou, em março deste ano, uma foto segurando uma metralhadora e escreveu: “Não podemos baixar a guarda”. Na imagem, Zanatta utiliza uma camisa que mostra uma mão com quatro dedos baleada. O texto que acompanhou a postagem fazia críticas a Lula.

“COME AND TAKE IT!

Não podemos baixar a guarda. Infelizmente a situação não é fácil. Com Lula no poder, deixamos um sonho de liberdade p/ passar para uma defesa única e exclusiva dos empregos, do pessoal que investiu no setor de armas. Estamos agora falando em socorrer empregos e lutar por segurança jurídica! Nesse desgoverno do PT, temos que lutar pra garantir o que já está na lei. E impedir retrocessos. Contem comigo. Não desistiremos”, escreveu a parlamentar no X (antigo Twitter).

Os deputados federais Alencar Santana (PT-SP) e Zeca Dirceu (PT-PR) apresentaram uma notícia-crime contra a colega no STF. Na oportunidade, a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes para criticar o ato de Júlia.

Internautas também reagiram. “Comportamento nazista da deputada de SC, de apologia à violência contra Lula. Quem não pode baixar a guarda é a sociedade brasileira – e nossas instituições – com quem insiste incitar a violência e semear o ódio. Estamos estudando medidas contra esse ato criminoso”, disse Gleisi.

Também em março, Zanatta apresentou ao Supremo uma queixa-crime contra seis deputados, incluindo Santana e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), afirmando ser vítima de calúnia no episódio, alegando que “em momento algum incitou a violência” A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu o arquivamento do pedido. O relator também é Mendonça, que ainda não decidiu.

Em abril, a PGR pediu que a deputada seja ouvida em caráter preliminar. O órgão só deve opinar sobre a abertura de inquérito após o depoimento. Agora, Mendonça aceitou o pedido e determinou que a intimação seja feita pela PF.

 

 

Voltar

Compartilhe esta notícia:

Deixe seu comentário

No Ar: Embalos & Loterias