Segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 12 de agosto de 2023
A cúpula do PL está em alerta. Aliados de Valdemar Costa Neto foram avisados de que, naqueles e-mails de Mauro Cid, surgiram detalhes nada edificantes da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro, no ano passado. Em específico, as mensagens forneceram subsídios à Polícia Federal para desmantelar um esquema que operava no Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro.
As investigações em andamento também apontam que membros das Forças Armadas estavam envolvidos em desviar itens de luxo pertencentes ao acervo da Presidência, com o propósito de vendê-los no exterior. Os recursos oriundos dessas transações seriam supostamente canalizados para os integrantes da organização criminosa responsável pelo esquema.
Mauro Cid, frequentemente chamado de “caixa-preta” de Bolsonaro, ocupa uma posição central nas investigações mais delicadas que cercam o ex-presidente. Os e-mails de Cid não apenas expuseram o esquema de venda de joias, mas também revelaram informações sobre a falsificação de cartões de vacinação e alegações sobre preparativos para uma tentativa de golpe de estado após a derrota de Bolsonaro para o presidente Lula (PT) nas eleições do ano passado.
Caso das joias
Os e-mails de Cid serviram de base para a Polícia Federal identificar o esquema e os envolvidos nas ações de desvio de itens de luxo do acervo da presidência para venda no exterior.
O dinheiro obtido nessas atividades ilícitas seria destinado aos integrantes do que a PF chama de organização criminosa, integrada por Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordem, Mauro Cid, o pai do coronel, general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, o tenente Oscar Crivelatti e o advogado Frederick Wassef. O general fez parte da mesma turma que Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1977 (Turma 31 de março), único oficial da Artilharia do Exército da Turma AMAN 1977 que chegou à 4ª estrela e ao Alto Comando do Exército (ACE).
Fim do namoro
O namoro entre o prefeito de São Paulo,Ricardo Nunes (MDB) e Bolsonaro foi atingido pelas notícias dos últimos dias. O círculo de assessores próximos ao entorno do prefeito paulistano demonstra preocupação de a imagem de Nunes ser atingida negativamente caso o ex-presidente seja preso.
Na segunda-feira passada (7), os dois almoçaram na sede da Prefeitura da capital paulista, no centro da cidade. Também estavam presentes os bolsonaristas Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador, e o ex-ministro Fábio Wajngarten, que é cotado para ocupar o posto de vice na chapa encabeçada por Nunes.
No Ar: Clube do Ouvinte