Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 30 de agosto de 2022
Uma operação deflagrada nesta terça-feira (30) pela Polícia Civil de Goiás cumpriu 22 mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento em uma das mais difundidas modalidades de estelionato digital na atualidade. Fingido ser um familiar ou amigo, o criminoso entra em contato por meio do aplicativo de mensagens whatsapp, com o aviso de que “trocou de telefone” e precisa de dinheiro emprestado, via sistema pix, para uma emergência.
De acordo com os investigadores, os integrantes do esquema contam com bases de operações em quatro cidades goianas mas conseguiram fazer vítimas nas mais variadas regiões do Brasil. Apenas um dos lesados, residente em São Paulo, perdeu R$ 115 mil. Ele transferiu o valor para a quadrilha em cinco depósitos para duas contas, acreditando estar ajudando um filho em apuros.
“O grupo entrou em contato se passando pelo familiar e dizendo que, devido à mudança de número do celular, estava com problemas para fazer transações por meio do sistema digital”, detalhou o delegado responsável pelo caso. “Eles convenceram a vítima de que o alto valor era para fazer pagamentos relativos a uma surpresa que seria feita a um parente.”
Ainda de acordo com o investigador, os presos incluem duas mulheres. A quadrilha vem aplicando o chamado “golpe do novo número” desde o início do ano passado e tinha como alvo preferencial pessoas de São Paulo. A apuração do caso demorou mais de um ano e prossegue para identificar novas vítimas e realizar mais operações no futuro.
Mais detalhes
Embora esse tipo de golpe tenha motivado alertas constantes por parte de autoridades, especialistas e de familiares de vítimas em potencial (idosos, por exemplo), o fato é que a cada dia surgem novas vítimas. E, como em boa parte dos casos de estelionato, a pessoa que foi lesada evitar denunciar a fraude – a fim de evitar o constrangimento de “ter passado por trouxa”.
O modus operandi, no caso de Goiás, mostra que mesmo com toda a divulgação, há quem caia na lábia dos criminosos. Uma das dicas é nunca efetuar transferências solicitadas por pessoas aparentemente conhecidas quando há esse tipo de argumento.
Uma medida simples e eficiente é sempre telefonar para o número já catalogado na agenda e verificar a situação. Inclusive quando o nome e a foto que aparecem na tela são do familiar ou amigo. Desconfie de pedidos urgentes de dinheiro, sobretudo quando envolvem altos valores.
Também é importante prestar atenção no texto. Muitas vezes, o estelionatário digital que está do outro lado da linha deixa escapar erros grosseiros de ortografia, concordância.
Da mesma forma, é fundamental fazer “perguntas-pegadinhas” para testar o provável fraudador. Cite, por exemplo, o nome de um irmão que não existe ou algum detalhe inverossímil: se o golpista concordar ou não estranhar a informação, automaticamente estará confessando o crime.
No Ar: Clube do Ouvinte