Segunda-feira, 02 de dezembro de 2024

Segunda-feira, 02 de dezembro de 2024

Voltar Cotados para a próxima vaga de ministro do Supremo marcam presença na posse de Cristiano Zanin esta semana

Com a posse Cristiano como novo ministro do Supremo Tribunal Federal, os olhos já se voltam para a nova cadeira a ser aberta na Corte: a da ministra Rosa Weber, que se aposenta até outubro. Uma cena curiosa marcou a solenidade desta quinta-feira (3): três dos principais cotados para vaga de Rosa sentaram-se lado a lado. Não se sabe se Flávio Dino (ministro da Justiça), Jorge Messias (advogado-geral da União) e Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União) trataram do tema durante o evento.

“Não trato do assunto com o presidente da República, nem ele comigo”, destacou. “Claro que é honroso, porque é um reconhecimento de uma trajetória profissional de 33 anos, com seriedade. Fico feliz, agradeço, não é um desdém, porque o desdém é feio e arrogante. Claro que ser ministro do STF é bom, ou ser cogitado, citado. Mas não desvio meu caminho em relação ao principal, que é ajudar o presidente e ajudar o Brasil.”, afirmou Dino na saída da cerimônia.

Outras pessoas que também são mencionados nas listas de possíveis indicados ao Supremo estavam no evento, como a juíza do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) Simone Schreiber e o ministro do STJ Benedito Gonçalves, que é corregedor-geral da Justiça Eleitoral.

Também havia candidatos ao próximo mandato na Procuradoria-Geral da República (PGR), como o vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet e o subprocurador Mario Bonsaglia.

O atual procurador-geral, Augusto Aras, também participou. Ele tenta viabilizar sua permanência no posto, mas tem como principal obstáculo o fato de ter sido indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Posse concorrida

Governadores, ministros do governo Lula, os comandantes das Forças Armadas, políticos de direita e esquerda, procuradores e magistrados prestigiaram a solenidade em um verdadeiro clima de frente ampla. Todos com foco, é claro, no beija-mão, o tradicional cumprimento ao empossado. Afinal, a cerimônia, controlada por um duro esquema de segurança após o trauma do 8 de janeiro, durou apenas 17 minutos, sem qualquer discurso.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceu feliz à posse de seu indicado, que o defendeu nos processos da Operação Lava Jato. Sentou-se ao lado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com quem negocia uma reforma ministerial, e conversaram rapidamente ao pé do ouvido. Como esperado, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e a presidente do Supremo, Rosa Weber, completavam a mesa solene com os demais ministros.

Bolsonaristas

Na plateia, até figuras do bolsonarismo como Portinho e Karina Kufa. A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, usualmente identificada ao bolsonarismo, sentou-se logo atrás da presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

Seja na fila do beija-mão, seja até ao longo da cerimônia, os presentes aproveitaram para conversar e negociar. Um parlamentar da base do governo explicava, antes da solenidade, que a votação do arcabouço fiscal na Câmara não depende somente da reforma ministerial, mas sim de um consenso sobre excepcionalizar ou não a da regra o Fundo Constitucional do Distrito Federal. Presente à posse de Zanin, o governador do DF, Ibaneis Rocha, mostrou-se seguro de que sairá vitorioso nas tratativas, ou seja, de que o fundo ficará de fora do arcabouço.

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No Ar: Show da Tarde