Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 19 de março de 2022
Ednaldo Rodrigues será o único candidato a presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na eleição marcada para a próxima quarta-feira (23). O baiano, de 68 anos, que desde agosto de 2021 é o presidente interino da entidade, foi o único a inscrever uma chapa. O prazo terminou na sexta-feira (18). Uma vez eleito, Rodrigues vai presidir a CBF de 2022 a 2026.
O alagoano Gustavo Feijó, um dos atuais vices da CBF, até os últimos dias avaliava montar uma chapa para disputar com Rodrigues, não obteve o apoio necessário para viabilizar sua candidatura. Nos últimos dias, ele entrou com ações na Justiça para tentar impedir a realização da eleição – que está mantida.
A chapa de Ednaldo terá quatro vices que eram da gestão de Rogério Caboclo e quatro novidades. Permanecem nos cargos Fernando Sarney (MA), Francisco Noveletto (RS), Marcus Vicente (ES), que não têm ligações com as federações de seus Estados, e Antonio Aquino, presidente da Federação do Acre.
Os “novatos” são Hélio Cury (presidente da Federação Paranaense), Reinaldo Carneiro Bastos (presidente da Federação de SP), Rubens Lopes (presidente da federação do RJ) e Roberto Góes (presidente da federação do AP).
A entrada desses quatro nomes significa a saída de cena do próprio Gustavo Feijó, de Castellar Guimarães (MG), que chegou a ser cotado como um dos “presidenciáveis” no ano passado e de Antonio Carlos Nunes (PA), o Coronel Nunes. A outra vaga era ocupada por Ednaldo Rodrigues.
A eleição será definida com regras eleitorais semelhantes às do último pleito, em 2018: os votos das 27 federações têm peso 3, os votos dos clubes da Série A têm peso 2, os votos dos clubes da Série B têm peso 1.
Caminho torto
A eleição da próxima quarta-feira é a etapa final de um processo muito conturbado, que começou com o afastamento de Rogério Caboclo da presidência, em junho do ano passado, como consequência direta de denúncias de assédio moral e sexual.
Durante dois meses, a CBF foi presidida interinamente pelo Coronel Nunes, até que em agosto de 2021 um órgão interno da entidade formado pelos oito vice-presidentes resolveu nomear Ednaldo Rodrigues.
De lá para cá, Rogério Caboclo foi condenado duas vezes pelo Comissão de Ética da entidade por causa das denúncias de assédio. As punições foram chanceladas pela Assembleia Geral da CBF, o que abriu caminho para a realização de novas eleições.
Paralelamente à crise política na CBF, houve uma ação movida pelo Ministério Público em 2017 que questionava as regras eleitorais da entidade, e que gerou consequências práticas em 2021 e 2022.
No ano passado, uma decisão de primeira instância – depois suspensa – chegou a nomear os presidentes de Flamengo (Rodolfo Landim) e Federação Paulista (Reinaldo Carneiro Bastos) como interventores.
No mês passado, uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou que o diretor mais velho – que na época era Dino Gentile, diretor de patrimônio – fosse nomeado presidente. Mais tarde o STJ extinguiu a ação. E Gentile foi demitido por Ednaldo Rodrigues.
A eleição da próxima quarta-feira é resultado da assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro.
No Ar: Show Da Madrugada