Terça-feira, 15 de outubro de 2024

Terça-feira, 15 de outubro de 2024

Voltar China e Rússia prometem aprofundar cooperação militar em videoconferência

O presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, prometeram nesta sexta-feira (30), aprofundar sua cooperação militar e bilateral enquanto a Ucrânia resiste a mais uma noite de ataques de foguetes e drones russos após uma enorme saraivada de mísseis.

Putin e Xi não mencionaram diretamente a guerra na Ucrânia nos comentários de abertura de sua videoconferência, que eles transmitiram publicamente antes de iniciar as negociações privadas.

Mas eles elogiaram o fortalecimento dos laços entre Moscou e Pequim em meio a “tensões geopolíticas” e uma “difícil situação internacional”. Putin expressou seu desejo de estender a colaboração militar com a China.

“Diante das crescentes tensões geopolíticas, a importância da parceria estratégica russo-chinesa está crescendo como um fator estabilizador”, disse Putin, que viu seu plano para invadir e tomar a Ucrânia ser interrompido pela forte resistência dos ucranianos e pela ajuda militar ocidental.

O líder russo disse esperar que Xi visite Moscou nos próximos meses. “Essa viagem demonstrará ao mundo inteiro a força dos laços russo-chineses em questões-chave”, enfatizou. Segundo o presidente russo, a cooperação militar ocupa um “lugar especial” nas relações entre seus países. Putin disse que deseja reforçar a cooperação entre as Forças Armadas russas e chinesas.

Xi, por sua vez, disse por meio de um tradutor, que diante de uma situação internacional difícil, Pequim está pronta “para aumentar a cooperação estratégica com a Rússia”.

Em sua cobertura sobre a reunião, a emissora estatal chinesa CCTV descreveu os eventos na Ucrânia como uma “crise”. Anteriormente, Pequim havia se referido à guerra como “situação da Ucrânia”, e a mudança de tom pode refletir a crescente preocupação chinesa com a direção do conflito.

Os laços entre Moscou e Pequim se fortaleceram desde que Putin enviou suas tropas à Ucrânia em 24 de fevereiro.

A China, que prometeu amizade “ilimitada” com a Rússia, recusou-se a criticar as ações de Moscou na Ucrânia, culpando os Estados Unidos e a Otan por provocar o Kremlin, e criticou as sanções impostas à Rússia.

A Rússia, por sua vez, tem apoiado fortemente a China diante das tensões com os EUA sobre Taiwan.

Relações econômicas

Sobre as relações econômicas, Putin afirmou que apesar das “restrições ilegítimas e chantagem direta de alguns países ocidentais, a Rússia e a China conseguiram assegurar taxas recorde de comércio”.

O presidente russo destacou que, neste ano, o comércio entre os dois países aumentou em “aproximadamente 25%”. “Com esta dinâmica, o objetivo que nos propusemos de alcançar US$ 200 bilhões (em comércio, mais de R$ 1 trilhão) até 2024 pode ser alcançado antes do previsto”, disse.

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