Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024

Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024

Voltar Casos de subvariante BA.2 da ômicron crescem no Brasil

Levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) indica que a proporção de casos prováveis no Brasil da subvariante BA.2 da Ômicron cresceu de 3,8% para 27,2% em três semanas. A cepa já foi classificada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e preocupa especialistas sobre a possibilidade de uma nova onda de casos de Covid.

Por enquanto, porém, ainda é cedo para saber se o país repetirá o cenário de volta de infecções e internações, a exemplo do que a Europa viveu recentemente pela mesma subvariante.

“Precisamos aguardar mais algumas semanas para compreender o impacto que a entrada da BA.2 terá no Brasil. Podemos ver um aumento no número de infecções, mas não necessariamente de casos sintomáticos ou de hospitalizações”, afirma o imunologista Jorge Kalil, diretor-presidente do ITpS.

Os dados reunidos pelo ITpS se referem ao período de 27 de fevereiro a 19 de março.

O mesmo levantamento traz, por outro lado, uma boa notícia: a positividade dos testes para detecção de Covid continua em queda. Segundo o instituto, o percentual que chegou a 60% após a chegada da variante Ômicron BA.1 no país está agora em 4,5%.

Os dados são de monitoramento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) em parceria com os laboratórios privados DB Molecular e Dasa.

O levantamento indica ainda que, como a circulação do vírus caiu, o número de testes realizados também diminuiu. Entre 13 e 19 de março deste ano, os dois laboratórios realizaram 4.417 exames para detecção do SARS-CoV-2, denominação do novo coronavírus, sendo que 192 foram positivos.

Desde o início do levantamento, em 5 de dezembro de 2021, até 19 de março, diz o instituto, o ITpS já analisou 118.638 testes.

Os testes para identificação da subvariante BA.2 são feitos a partir de sequenciamento genômico das amostras. Esse procedimento é essencial para diferenciar essa subvariante de outras variantes, como a Delta, e confirmar a origem da infecção.

“É importante continuarmos monitorando a disseminação da BA.2 e observar quais serão seus impactos. Em caso de sinais de reversão do cenário, uma resposta rápida será essencial, com revisão das flexibilizações adotadas recentemente, se necessário”, diz o virologista Anderson Brito, pesquisador científico do ITpS responsável pelo levantamento.

Até o dia 19 de março, o banco de dados Gisaid, que reúne informações de sequenciamento genético de amostras em todo o mundo, apontava a existência de 131 casos de BA.2 no Brasil.

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