Sábado, 14 de dezembro de 2024

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Voltar Casos de diabetes triplicam nas Américas em 30 anos

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) divulgou nesta segunda-feira um novo relatório sobre diabetes nas Américas. Segundo o órgão, o número de adultos que convive com a condição triplicou nos últimos 30 anos. Ao menos 62 milhões de pessoas vivem com a doença no continente, número que não condiz com a realidade, visto que 40% não sabem que têm a doença.

A Opas também aponta que se as tendências atuais de crescimento da obesidade, má alimentação e falta de atividade física continuarem, o número de pessoas com diabetes na região poderá chegar a 109 milhões até 2040.

Segundo o relatório, o aumento de casos de diabetes ao longo de três décadas está ligado ao aumento nos fatores de risco. Dois terços dos adultos nas Américas estão com sobrepeso ou obesos, e apenas 60% fazem exercícios suficientes. Mais de 30% dos jovens da região são considerados obesos ou estão com sobrepeso, quase o dobro da média global — apontada pela organização como uma “tendência alarmante”.

“Essas altas taxas de diabetes destacam a necessidade urgente de os países se concentrarem na prevenção e na promoção de estilos de vida saudáveis. Ao mesmo tempo, é crucial garantir o diagnóstico precoce e o bom gerenciamento da doença, que são fundamentais para controlar a diabetes e prevenir deficiências e problemas de saúde relacionados”, afirmou o diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da Opas, Anselm Hennis.

A Opas lembra que pessoas com diabetes fazem parte do grupo de risco da covid, e tem maior disposição de desenvolver formas mais graves da doença.

A organização pede que os países melhorem o diagnóstico precoce, aumentem o acesso a cuidados de qualidade para o controle da diabetes, incluindo medicamentos essenciais, como insulina, dispositivos de monitoramento de glicose e desenvolvam estratégias para promover estilos de vida saudáveis e nutrição.

Doença

Diabetes é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia, a fim de que seja aproveitada por todas as células. A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar como na sua transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura).

Na verdade, não se trata de uma doença única, mas de um conjunto de doenças com uma característica em comum: aumento da concentração de glicose no sangue provocado por duas diferentes situações:

— Diabetes tipo 1: O pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e é insulinodependente, isto é, exige a aplicação de injeções diárias de insulina.

— Diabetes tipo 2: As células são resistentes à ação da insulina. A incidência da doença que pode não ser insulinodependente, em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de idade;

— Diabetes gestacional: Ocorre durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é provocado pelo aumento excessivo de peso da mãe;

— Diabetes associados a outras patologias como as pancreatites alcoólicas, uso de certos medicamentos etc.

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No Ar: Caiçara Confidencial