Segunda-feira, 02 de dezembro de 2024

Segunda-feira, 02 de dezembro de 2024

Voltar Casa Branca convoca Google e Microsoft para discutir os riscos da inteligência artificial

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, disse nesta quinta-feira (4) que a Casa Branca apoiaria uma nova regulamentação ou legislação para mitigar os possíveis danos causados pela inteligência artificial. A afirmação foi feita após uma reunião dela com os diretores executivos de Alphabet (controladora do Google), Microsoft, OpenAI (criadora do ChatGPT) e Anthropic.

Harris considerou complexos os desafios colocados pelas ferramentas de inteligência artificial generativa, cuja utilização popular explodiu nos últimos meses, ressaltando que as empresas devem trabalhar com o governo para garantir salvaguardas que protejam os direitos civis e a privacidade e evitar desinformação ou fraudes.

“Governo, empresas privadas e outros membros da sociedade devem enfrentar esses desafios juntos”, disse Harris em um comunicado. “O presidente Biden e eu estamos comprometidos em fazer nossa parte – inclusive avançando em possíveis novas regulamentações e apoiando novas legislações – para que todos possam se beneficiar com segurança das inovações tecnológicas.”

Harris também colocou o ônus na indústria, dizendo que “o setor privado tem uma responsabilidade ética, moral e legal de garantir a segurança de seus produtos”.

O presidente Joe Biden compareceu à reunião, que incluiu os CEOs Sam Altman da OpenAI, Dario Amodei da Anthropic, Satya Nadella da Microsoft, Sundar Pichai da Alphabet e altos funcionários do governo.

Antes da reunião, as principais empresas de inteligência artificial, incluindo a Microsoft e o Google , se comprometeram a participar da primeira avaliação pública independente de seus sistemas. O compromisso disponibilizará sistemas de IA para hackers e especialistas em IA na conferência sobre segurança cibernética Def Con 31, em agosto, para testar e avaliar.

O exercício na convenção de hackers visa gerar mais informações públicas sobre os impactos desses modelos e permitir que as empresas resolvam os problemas que surgem, de acordo com um alto funcionário do governo que falou sob condição de anonimato antes da reunião.

Os defensores da Inteligência Artificial (IA) ​​dizem que o evento ajudará a identificar bugs, falhas e vulnerabilidades nos produtos, além de preocupações mais amplas sobre possíveis vieses, violações de privacidade ou uso nefasto da tecnologia emergente.

A oferta limitada das empresas – permitindo apenas a avaliação na conferência, em vez de um compromisso de avaliação contínua à medida que novos produtos são produzidos ou refinados – pode não ser suficiente para satisfazer os reguladores, ansiosos para evitar os problemas de privacidade e desinformação que surgiram de tecnologias como as redes sociais.

Mas a oferta de abrir sistemas para avaliação durante a conferência de hackers de agosto é vista como um primeiro passo, disse o funcionário.

Mais cedo, a Casa Branca anunciou US$ 140 milhões em novos financiamentos para estabelecer novos institutos nacionais de pesquisa em IA, projetados para examinar como a tecnologia pode ajudar em áreas críticas como clima, agricultura, energia e saúde pública. Isso se soma aos cerca de US$ 360 milhões anunciados anteriormente para uma rodada inicial de 18 institutos.

Nos EUA, o Departamento de Comércio indicou em abril que estava considerando adotar regras que poderiam exigir que os modelos de IA passassem por um processo de certificação antes de serem lançados. As informações são do jornal O Globo.

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