Sexta-feira, 13 de setembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 21 de dezembro de 2023
O verão começa oficialmente no dia 22 de dezembro. Mas as sucessivas ondas de calor já deram uma prévia dos impactos das altas temperaturas na saúde e os cuidados que são necessários. Os dias mais quentes associados às férias escolares são um convite irrecusável para praia e piscina. Mas a combinação de calor e umidade faz aumentar os casos de candidíase nas mulheres.
Segundo a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), cerca de 75% das mulheres são afetadas pela infecção provocada por fungos, sendo o mais frequente a Cândida albicans. Cremes vaginais e comprimidos antifúngicos estão entre os tratamentos convencionais mais recomendados e utilizados. Mas há outras estratégias inovadoras, como LED, probióticos e óleos essenciais, afirma o ginecologista André Vinícius, que já atendeu grandes nomes como a cantora Anitta e as apresentadoras Adriane Galisteu, Fernandinha Souza e Giovanna Ewbank.
“É muito comum ver pacientes que não estão conseguido um resultado efetivo com o uso das medicações convencionais, como os antifúngicos orais, por conta do uso em larga escala, sem prescrição ou avaliação médica. O uso indiscriminado cria uma resistência desses fungos ao tratamento, gerando baixa resposta e manutenção das crises frequentes. Nesse sentido, outros tratamentos inovadores prometem ser mais eficientes para tratar especialmente as infecções recorrentes de candidíase, como o uso de LED, probióticos e óleos essenciais”, explica o médico.
De acordo com o ginecologista, o tratamento com probióticos pode ser feito pela via oral, aumentando a diversidade de bactérias saudáveis no intestino e impedindo a troca com os microrganismos da vagina quando há um desequilibro, ou pela aplicação direta de probióticos vaginais que melhoram localmente a diversidade de bactérias boas. Já os óleos essenciais, podem ser utilizados através da diluição deles para realização de banhos de assento, os mais indicados para o uso são o óleo Melaleuca alternifólia (melaleuca) e Rosmarinus officinalis (alecrim).
Segundo André Vinícius, o LED é uma terapia indicada para os casos refratários de candidíase que não respondem ao tratamento habitual. Ele deve ser reservado para a candidíase recorrente, ou seja, quando são registrados mais de 4 episódios por ano.
Além da associação de umidade e calor, outros fatores favorecem o surgimento da candidíase, como o uso de anticoncepcionais orais, gravidez, diabetes descompensada, o uso de medicamentos imunossupressores ou de corticoides.
“Vale ressaltar que a cândida é um fungo presente no organismo das mulheres, mas que vive em perfeito equilíbrio com as bactérias da vagina. Sempre que ocorre uma redução das bactérias os fungos entram em um supercrescimento, assim causando a candidíase”, esclarece o profissional.
No Ar: Clube do Ouvinte