Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 28 de fevereiro de 2022
O Brasil reforçou a posição do país contra a Guerra na Ucrânia durante a sessão extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira (28), em Nova York. Durante discurso, o embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho pediu uma negociação diplomática “a favor da paz” no país invadido por tropas da Rússia.
“Reiteramos nosso pedido para um cessar-fogo imediato”, disse Costa Filho durante a sessão que discute a crise no leste da Europa.
“Estamos com um aumento rápido das tensões, que podem colocar toda a humanidade em risco, mas ainda temos tempo para parar com isso. Acreditamos que o Conselho de Segurança ainda não exauriu os instrumentos que tem a disposição para contribuir para uma solução negociada e diplomática, a caminho da paz”, completou.
No encontro desta segunda (28), o embaixador brasileiro reiterou o voto brasileiro dado na reunião do Conselho de Segurança na sexta-feira (25), condenando a invasão da Rússia.
Ele afirmou que a comunidade internacional precisa “fazer o que for preciso antes que seja tarde demais”. Costa Filho disse ainda que não há motivos de segurança que justifiquem o uso da força pela Rússia.
“Estamos testemunhando uma sucessão de ofensas que, se não forem contidas, poderão levar a um confronto maior. E todo mundo vai sofrer, não apenas aqueles que estão lutando. (…) A situação atual de forma nenhuma justifica o uso da força contra a integridade territorial e soberania de nenhum Estado integrante de ONU. É contra os princípios mais básicos que nós defendemos e estão na carta da ONU”, declarou o embaixador.
Conselho de Segurança da ONU
Na reunião sexta-feira (25) do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia vetou uma resolução do Conselho que serviria para condenar a invasão da Ucrânia – e foi o único país (dos 15 membros) a votar contra, mas seu voto tem poder de veto.
Representante do Brasil na ONU, o embaixador Ronaldo Costa Filho disse que o Conselho de Segurança deveria agir urgentemente diante da agressão da Rússia.
Durante seu voto, Costa Filho afirmou que não havia outra alternativa, além da diplomacia, para resolver a atual crise no leste europeu: “Renovamos nosso apelo pela cessação total das hostilidades, pela retirada das tropas e pela retomada imediata do diálogo diplomático”.
Na quinta-feira (24), o vice-presidente Hamilton Mourão disse que não concordava com a invasão, mas foi desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro durante uma transmissão pela internet. E, até a última atualização desta reportagem, Bolsonaro não havia feito um pronunciamento oficial condenando a ação da Rússia.
Brasil pede a retirada das tropas russas
Durante a explicação de seu voto na sexta (25), Costa Filho disse que “o enquadramento do uso da força contra a Ucrânia como um ato de agressão, precedente pouco utilizado neste Conselho, sinaliza ao mundo a gravidade da situação”.
E reafirmou que o Brasil tentou manter uma posição de equilíbrio: “Procuramos manter o espaço de diálogo, mas ainda sinalizando que o uso da força contra a integridade territorial de um Estado-membro não é aceitável no mundo atual”.
Ele disse que as preocupações de segurança da Rússia, com o avanço para o leste da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), “não dão o direito de ameaçar a integridade territorial e a soberania de outro Estado”.
No Ar: Show da Tarde