Segunda-feira, 02 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 5 de maio de 2023
O Brasil continua com o juro real mais alto do mundo, de 6,82% ao ano, após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deixar a Selic em 13,75% ao ano nesta quarta-feira (3). O juro real é a taxa básica de juros da economia descontada da inflação esperada para os próximos 12 meses. O dado é de um levantamento elaborado pela gestora de fundos de investimentos Infinity.
O país passou a ficar em primeiro lugar no pódio desde o encontro do Copom em março do ano passado, quando a Selic aumentou pela décima vez consecutiva, para 12,75% ao ano. Abaixo do Brasil, estão México, Colômbia e Chile, nessa ordem.
O ranking considera a inflação prevista para os próximos 12 meses coletada no boletim Focus do Banco Central, de 5,32%, e os juros futuros dos próximos 12 meses com vencimento em junho de 2024.
Segundo lugar
Em termos nominais, ou seja, sem descontar a inflação prevista, o Brasil está em segundo lugar, atrás da Argentina, onde a taxa básica de juros está em 91% ao ano. O país está atrás da Colômbia, Hungria e Chile.
As altas de juros ao redor do mundo continuam ganhando força, com cada vez mais bancos centrais indicando preocupação com a inflação, apesar da diminuição no preço das commodities. Entre 176 países, 66% mantiveram os juros, 52% aumentaram e nenhum cortou, da última reunião do Copom, em março, para cá.
No Brasil, ainda existem dúvidas sobre a inflação e o arcabouço fiscal, enquanto os Estados Unidos continuam com o mercado de trabalho pressionado, apesar de uma série de indicadores econômicos negativos e dos problemas de crédito e do sistema bancário. Já a Europa ainda não registrou reações aos aumentos de juros recentes e a Ásia segue com medidas estimulativas, em especial o Japão.
No Ar: Show da Tarde