Quarta-feira, 09 de outubro de 2024

Quarta-feira, 09 de outubro de 2024

Voltar Banco Central eleva de 2% para 2,9% a projeção de crescimento do PIB do Brasil deste ano

O Banco Central (BC) elevou a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, passou de 2% para 2,9%, em razão, sobretudo, da “surpresa com o crescimento no segundo trimestre”.

A projeção consta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado nesta quinta-feira (28).

Além disso, o BC faz previsões “ligeiramente mais favoráveis” para a evolução da indústria, de serviços e do consumo das famílias no segundo semestre de 2023.

No segundo trimestre do ano a economia brasileira, superando as projeções, cresceu 0,9%, na comparação com os primeiros três meses, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%. O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses. No semestre, a alta acumulada é de 3,7%.

“A atividade econômica surpreendeu novamente no segundo trimestre”, destacou o BC no relatório, ponderando que o forte crescimento no primeiro semestre do ano se deve, em parte, a fatores transitórios.

“Permanece a perspectiva de que a atividade cresça em ritmo menor nos próximos trimestres e ao longo de 2024”, avalia.

No primeiro trimestre de 2023, o setor agropecuário puxou o crescimento do PIB de 1,9%, devido ao resultado das safras recordes de soja e milho. No segundo trimestre, os desempenhos da indústria e dos serviços explicaram também a alta do crescimento da economia.

“Os impactos diretos e indiretos da forte alta da agropecuária no primeiro semestre de 2023 devem se dissipar no restante do ano e, para 2024, não se projeta alta tão expressiva do setor”, avalia o BC.

Outro fator positivo no primeiro semestre, e que não deve se repetir na mesma magnitude, segundo o relatório, foi a expansão dos benefícios previdenciários, influenciados, principalmente, pela alta do salário mínimo e por mudanças de calendário que anteciparam pagamentos para o primeiro semestre, e de assistência social sobre a renda das famílias.

A política monetária se situa “em terreno contracionista e há a expectativa de que se mantenha assim no horizonte de previsão, ainda que esteja sendo gradualmente flexibilizada”.

“Por fim, o cenário externo mostra-se mais incerto, com perspectiva de desaceleração da atividade econômica nos países avançados, em ambiente de pressões inflacionárias persistentes, e de menor crescimento para a economia chinesa”, explicou o BC.

 

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