Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 11 de outubro de 2023
Foguetes e mísseis contra o território israelense colocaram nessa terça-feira (10), as Forças Armadas de Israel em alerta diante do risco de um confronto com a milícia xiita libanesa Hezbollah, aliada do Irã no norte do país.
O Exército de Israel disse que 15 foguetes foram disparados do Líbano em direção a Galileia, acionando sirenes de alerta em várias cidades. Quatro projéteis foram interceptados pelo sistema de defesa Domo de Ferro, enquanto o restante caiu em áreas abertas, sem causar danos ou feridos.
Pelo menos um desses disparos foi de um míssil antitanque reivindicado pelo Hezbollah. O grupo xiita domina o sul do Líbano e autoridades israelenses acreditam que nada aconteça sem o aval dele. Por isso, em resposta, helicópteros atacaram três alvos do Hezbollah.
O Exército de Israel também bombardeou posições na Síria, depois que morteiros sírios foram lançados sobre as Colinas do Golan – caindo em áreas isoladas e sem causar danos. O risco de um confronto com os sírios e com os militantes libaneses é abrir novas frentes da guerra, dividindo as atenções de Israel. O governo de Bashar Assad, o Hezbollah e o Hamas recebem apoio incondicional do Irã, o que teria potencial para escalar o conflito no Oriente Médio.
Funcionários de inteligência dos EUA disseram ao Washington Post que havia indícios fortes de apoio iraniano ao ataque de sábado. Em entrevistas, 12 analistas e especialistas militares expressaram espanto com a sofisticação do atentado do Hamas.
Embora o grupo tenha uma milícia capaz e linhas de montagem próprias para foguetes e drones, um ataque da escala de sábado teria sido extremamente desafiador sem uma ajuda externa considerável ao Hamas. “A quantidade de treinamento, logística, comunicação, pessoal e armas deixa pegadas evidentes”, disse Marc Polymeropoulos, ex-oficial de operações da CIA. “Isso sugere o envolvimento iraniano, dada a complexidade do ataque.”
Teerã negou um papel direto no ataque, mas ao mesmo tempo elogiou os militantes do Hamas. “Vocês deixaram a comunidade islâmica feliz com essa operação inovadora e vitoriosa”, disse a agência de notícias do Irã Irna citando o presidente Ebrahim Raisi.
Autoridades de inteligência dos EUA também confirmaram que o Irã forneceu ajuda técnica ao Hamas na fabricação de 4 mil foguetes e drones usados no sábado. Pelo menos alguns militantes palestinos passaram por treinamento em campos libaneses com monitores da Guarda Revolucionária do Irã e do Hezbollah – os ataques com parapente, por exemplo, só poderiam ter sido treinados fora de Gaza.
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