Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

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Voltar Assessor e ex-segurança de Bolsonaro deixa a prisão após quatro meses

O ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro Max Guilherme Machado de Moura, que atua na assessoria do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixou a prisão nesta quinta-feira (7) .

A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado determinou como condicionante o uso de tornozeleira eletrônica. A soltura foi informada pelo advogado Admar Gonzaga, que defende Max Guilherme.

De acordo com o defensor, o assessor de Bolsonaro já passou a noite em casa.

“Foi uma decisão razoável. Não havia motivação alguma para ele estar sob custódia”, disse Gonzaga.

Max Guilherme estava preso preventivamente desde 3 de maio em um inquérito que apura a inserção de dados falsos na carteira de vacinação do ex-presidente e de pessoas do seu entorno. No mesmo caso, também foi detido o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que permanece preso.

Max Guilherme

Ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Max foi integrante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e acompanha Bolsonaro desde os tempos em que ele era deputado federal. Guilherme é apontado como um dos assessores mais próximos e leais ao ex-presidente. Ele foi seu auxiliar e segurança durante todo o mandato como chefe do Executivo brasileiro e permanece entre os oito assessores aos quais o ex-presidente tem direito a manter.

Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), a suposta falsificação nos certificado de vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) tinha como objetivo viabilizar a entrada dos envolvidos nos Estados Unidos, driblando as exigências da imunização obrigatória. O objetivo do grupo, de acordo com a PF, seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas” e “sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”. O ex-presidente e Max Guilherme negam as irregularidades.

Cartões de vacina

A suposta fraude nos cartões de vacinação do Bolsonaro e da filha de 12 anos aconteceu em 21 de dezembro do ano passado, pouco antes de viajarem para os EUA no penúltimo dia de mandato. As pessoas beneficiadas conseguiram emitir certificados de vacinação e usar para burlar restrições sanitárias impostas pelos governos brasileiro e americano, segundo os investigadores da PF.

Segundo apurou a TV Globo, Mauro Cid teria determinado que um sargento da Ajudância de Ordens da Presidência da República incluísse dados forjados nos sistemas do Ministério da Saúde.

Na época, Bolsonaro afirmou que não tomou vacina e que não houve adulteração nos registros de saúde dele e da filha. “Nunca me foi pedido cartão de vacina em lugar nenhum, não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina, ponto final. Nunca neguei isso”, disse.

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No Ar: Caiçara Confidencial