Segunda-feira, 12 de maio de 2025

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Voltar Assembleia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo foi “clandestina” e responsáveis sofrerão as consequências, diz seu presidente

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Josué Gomes, afirmou ter recebido com “surpresa” a tentativa de uma assembleia extraordinária da entidade de destitui-lo do cargo e dar posse a Elias Miguel Haddad, vice-presidente.

Gomes se referiu à votação como “clandestina” e disse que “os responsáveis sofrerão consequências administrativas, trabalhistas e eventualmente em outras esferas” pela “ilegalidade dos atos praticados”. As declarações ocorrem quatro dias depois da assembleia, na qual houve 47 votos para retirá-lo do posto, duas abstenções e um voto a favor da manutenção do mandato.

“Tal atitude isolada, desproporcional, irresponsável, acaba por provocar riscos econômicos, jurídicos e trabalhistas em nossa entidade, o que deve ser formal e veementemente coibido, o que faço desde já nesta notificação, tornando sem efeito toda e qualquer deliberação tomada em minha ausência”, declarou, em nota.

Afirmou, ainda, que “nenhum ato, incluindo eventual e abusiva demissão de funcionários, está autorizada por esta Presidência”.

Também nesta sexta, um grupo de advogados que integram o Conselho Superior Jurídico da Fiesp assinaram uma carta em apoio a Josué Gomes.

No texto, eles manifestam “preocupação com as tentativas de sua deposição da presidência da Fiesp por alegações fúteis que parecem ocultar propósitos de mera disputa de poder, em violação de mandato estatutário”.

Entenda o caso

Integrantes da assembleia da Fiesp decidiram na última segunda-feira (16) pela destituição de Josué gomes do cargo. A votação foi comandada por representantes de sindicatos e membros da diretoria da entidade que fazem oposição ao empresário.

A assembleia teve 47 votos a favor do afastamento e um, contra, além de duas abstenções. O resultado, no entanto, não é reconhecido por parte da cúpula da Fiesp e pela defesa de Josué Gomes, que alega falta de quórum, de consenso e diz que o estatuto da entidade não foi cumprido.

A Fiesp se manifestou pela primeira vez na quinta-feira (19), três dias após a decisão. Em comunicado enviado à imprensa, a federação afirmou que o empresário “é o presidente da entidade e está no exercício pleno de suas funções, conforme determinam os estatutos vigentes”.

Os opositores, então, se reuniram na sexta-feira (20) para dar posse a Elias Miguel Haddad como presidente interino.

Elias Haddad

Decano entre os delegados que compõem o conselho de representantes da Fiesp, Elias Miguel Haddad é empresário da indústria têxtil. Foi eleito vice-presidente da federação em 1980, cargo que ocupou em todas as gestões da entidade até agora.

Assumiu no mesmo ano as atividades industriais no Conselho Regional do SESI-SP. É coordenador do Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil, Confecção e Vestuário (Comtextil) desde a sua criação, em 2004.

Faz parte do Instituto Roberto Simonsen (IRS). Na área do comércio internacional, coordena os conselhos Brasil-Turquia e Brasil-Paquistão e é membro dos conselhos Brasil-Tunísia e Brasil-Egito. Também é titular do Conselho Deliberativo da Câmara de Comercio Árabe Brasileira.

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