Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

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Voltar Após encontrar Janja, Xuxa entra em campanha para que se tenha uma ministra negra no Supremo

A apresentadora Xuxa Meneghel mergulhou, nesta quarta-feira (6), na defesa da indicação de uma ministra negra para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) que será deixada pela ministra gaúcha Rosa Weber. Um dia após participar com a primeira-dama, Janja, de gravação em defesa da vacinação, Xuxa postou em seus stories no Instagram uma adesão à campanha, lançada na última semana, pela organização “Nossas”.

Cerca de 30 mil pessoas já enviaram manifestações ao presidente Lula com o mesmo objetivo. Caso a escolha seja por um ministro homem, o tribunal ficará apenas com uma integrante: a ministra Cármen Lúcia, na contramão da defesa de representatividade na Suprema Corte pelos movimentos sociais.

Em 132 anos de existência, o Supremo só contou com três ministras mulheres. Os nomes são o da advogada Soraia Mendes, da juíza Adriana Cruz e da promotora Lívia Santana.

O apelo foi feito recentemente também pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A campanha “Por que precisamos de uma ministra negra e progressista no STF?” usa como argumento, replicado por Xuxa, de que 51,1% da população brasileira é de mulheres, 56,1% de pessoas negras e 28% de mulheres negras “sistematicamente excluídas dos espaços de poder e decisão no país”. Janja também é favorável à campanha.

Na publicação, a organização salienta que nenhuma mulher negra até hoje ocupou uma cadeira no Supremo, que já teve mais de 160 ministros. O “Nossas” ainda ressaltou que o perfil do Judiciário brasileiro é essencialmente masculino e branco.

Mulheres no STJ

O presidente Lula prepara um combo com indicação de duas mulheres para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com isso, ele pretende diminuir a resistência com a indicação de mais um nome masculino para o Supremo.

Em junho, Lula indicou o ministro Cristiano Zanin para a vaga do ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou da Suprema Corte. Setores progressistas da sociedade e mesmo alas da militância do PT se viram frustrados e preferiam que Lula tivesse indicado uma mulher para a vaga.

Atualmente, dos 11 ministros do Supremo, 2 são mulheres: Cármen Lúcia e Rosa Weber. Weber se aposenta nas próximas semanas. A pressão para Lula indicar uma ministra mulher para substituí-la tem crescido, já que, do contrário, restaria apenas Cármen Lúcia para a representatividade feminina.

Mas Lula tem dado sinais de que vai optar pelo critério da confiança pessoal, o que o levaria a indicar um homem para a vaga de Rosa Weber.

Na tentativa de aliviar o peso desse movimento, ele já indicou a advogada Daniela Teixeira para uma vaga no STJ. E deve indicar também uma mulher para a vaga da ministra Laurita Vaz, que será aberta ainda neste ano. A ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge é uma das cotadas.

Também são cotadas para as vagas a promotora Lívia Santana Vaz, da Bahia, e a procuradora Ivana Farina, de Justiça do Ministério Público de Goiás.

 

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