Quarta-feira, 09 de outubro de 2024

Quarta-feira, 09 de outubro de 2024

Voltar Após assinar 15 acordos

Após assinar 15 acordos e ter longo encontro com Xi Jinping, Lula encerra viagem à China

Após uma visita de três dias, onde foram assinados 15 acordos comerciais, o presidente Lula encerrou, na noite desta sexta-feira (14) (horário local), seus compromissos de agenda oficial.

Durante o encontro de Lula com o presidente Xi Jinping , foram assinados de 15 acordos, sendo a maior parte memorandos de entendimento. Os dois países firmaram compromissos de cooperação em várias áreas, com destaque para infraestrutura, construção de satélites, facilitação de comércio e desenvolvimento e pesquisa de bens e serviços de alta tecnologia, incluindo a telefonia móvel 5G.

Declaração conjunta

Também foi divulgada uma declaração conjunta dos dois países que encerra a visita de Lula à China. O documento defende o diálogo e a negociação para buscar o fim da Guerra da Ucrânia. Entretanto, não detalha ações ou propostas, só indica que os países continuarão debatendo o assunto. Não há condenação à invasão russa. Lula tem ampliado críticas ao regime de Vladimir Putin, grande aliado chinês.

“As partes afirmam que diálogo e negociação são a única saída viável para a crise na Ucrânia e que todos os esforços conducentes à solução pacífica devem ser encorajados. O Brasil recebeu positivamente a proposta chinesa (…) e a China recebeu positivamente os esforços do Brasil em prol da paz. As partes apelaram a que mais países desempenhem papel construtivo para a promoção da solução política”.

Uma só china

No mesmo documento, o governo brasileiro reafirmou que “adere firmemente ao princípio de uma só China”, que inclui o entendimento de que Taiwan é “parte inseparável do território chinês”, o que mantém a posição historicamente adotada pelo Brasil e pela maioria dos países.

Conselho de Segurança

O governo chinês afirma no documento que “compreende e apoia a aspiração do Brasil de desempenhar papel ainda mais proeminente na ONU”. O texto diz ainda que os dois países “reconheceram a necessidade de reformar a ONU e o seu Conselho de Segurança, com vistas a torná-los mais representativos e democráticos”. No entanto, a declaração não defende categoricamente a pretensão de um assento permanente no Conselho para o Brasil.

Veja os acordos assinados na visita de Lula à China:

1 – Facilitação de comércio: O acordo prevê a busca de soluções para evitar barreiras desnecessárias ao comércio, por meio de diálogo e consultas.

2 – Desenvolvimento do CBERS-6: Os dois países vão fabricar, lançar e operar conjuntamente o satélite CBERS-6 que permitirá o monitoramento de florestas mesmo com nuvens.

3 – Pesquisa e Inovação: trabalho conjunto em pesquisa científica, tecnológica e inovação industrial por meio de seminários, intercâmbio de cientistas e outros.

4 – Tecnologia da Informação e Comunicação: Intercâmbio de políticas de cooperação entre institutos de pesquisa e empresas de ambos os países, com o objetivo de contribuir para a indústria de tecnologia da informação e comunicação do Brasil e da China.

5 – Investimento e Cooperação Industrial: Os governos dos dois países vão estimular suas empresas a realizarem projetos de investimento e cooperação industrial.

6 – Economia digital: A ideia é incentivar a iniciativa privada a aprimorar a infraestrutura tradicional e construir redes de banda larga, da Internet e de navegação de satélites; redes 5G e cidades inteligentes.

7 – Cooperação econômico-financeira: Coordenar discussões de interesse comum, como política macroeconômicas, finanças, mobilização de recursos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

8 – Informação e Comunicações: Intercâmbio, entre os ministérios de Comunicações dos dois países, de políticas, regulamentos e padrões técnicos em informação e comunicações.

9 – Coprodução televisiva: Os dois países poderão produzir conteúdo conjunto para a televisão e outros sistemas de distribuição. O acordo não vale para salas de cinema.

10 – Mídia: O Grupo de Mídia da China e a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República farão trocas e cooperação de conteúdos “em prol do desenvolvimento econômico, social e sustentável dos dois países”.

11 – Agência de Notícias: A agência de notícias chinesa Xinhua e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) compartilharão gratuitamente entre si notícias em português e inglês, via internet.

12 – Combate à fome: Troca de experiências e promoção de estudos conjuntos para a aplicação de medidas em áreas como desenvolvimento social, combate à fome e à pobreza.

13 – Cooperação espacial: Trabalhos em conjunto no desenvolvimento e implementação de melhores práticas internacionais para o uso pacífico do espaço exterior. O período de cooperação será de 2023 a 2032.

14 – Certificação eletrônica: Criação de um sistema de certificação digital para o comércio de carnes.

15 – Quarentena: Os dois países vão definir regras para a entrada de proteína animal, na China, usada como ração para animais.

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