Sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Voltar Após 3 dias de cessar-fogo, Israel ataca bases do Hezbollah no Líbano

O Ministério da Saúde do Líbano afirmou neste sábado (30) em um comunicado que um ataque de Israel contra um carro deixou três feridos na vila de Majdal Zoun, no sul do Líbano. Ainda segundo a nota, uma criança de sete anos está entre os feridos.

Em outro ataque israelense, também neste sábado, outra pessoa ficou ferida em Al Bisariya, que fica perto da cidade de Sidon, no sul do Líbano, segundo o ministério libanês. O Exército israelense realizou bombardeios após detectar atividade “que representava uma ameaça”, três dias depois do início de um cessar-fogo.

Em comunicado, as forças armadas israelenses listam quatro incidentes, incluindo um bombardeio da força aérea israelense contra “terroristas do Hezbollah identificados se aproximando de estruturas do Hezbollah no sul do Líbano”. Em outro, os militares indicaram que sua aviação atingiu “uma instalação do Hezbollah com lança-foguetes”.

Na quarta-feira, entrou em vigor um cessar-fogo entre Israel e Hezbollah depois de mais de um ano de enfrentamentos transfronteiriços e dois meses de guerra aberta entre o Exército israelense e o movimento armado libanês, que recebe apoio do Irã. No dia seguinte, Israel e Hezbollah já se acusaram de romper o cessar-fogo.

O Exército do Líbano — o corpo que ficou responsável por monitorar o sul do Líbano, de onde Israel e Hezbollah devem sair — disse que as forças israelenses violaram o cessar-fogo “diversas vezes” entre quarta-feira (27), quando a trégua começou a valer, e quinta-feira (28).

O acordo de cessar-fogo, mediado pela França e pelos Estados Unidos, estabelece que o Exército israelense deve se retirar do sul do Líbano em um prazo de dois meses. Por sua vez, o movimento islâmico xiita deve recuar suas posições para norte do rio Litani, a cerca de 30 km da fronteira entre Israel e Líbano, e desmantelar sua infraestrutura militar no sul do país.

Na última semana, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano. A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.

Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e portanto, inimigos de Israel. A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.

Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.

Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino. Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.

Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.

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