Segunda-feira, 13 de outubro de 2025

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Voltar Amor com equilíbrio: a inteligência emocional a favor da vida a dois

Restrita a pessoas da faixa etária a partir dos 50 anos, a nova edição do reality show “Casamento às Cegas”, da Netflix, ressalta que o amor não tem idade. Mas também evidencia que, nessa etapa da experiência, a inteligência emocional pode ser o verdadeiro segredo para a vida mais leve e satisfatória de um casal.

No programa, participantes maduros buscam relações sérias e revelam, diante das câmeras, inseguranças, ciúmes, expectativas e aprendizados acumulados ao longo da vida. A série mostra que, mesmo com experiência, ainda é preciso saber lidar com as emoções para construir vínculos saudáveis.

A ciência reforça essa percepção. Um estudo publicado em 2024 pela Universidade da California (EUA) apontou que, entre casais de 56 a 87 anos, aqueles que relatavam mais emoções positivas apresentavam menores níveis de cortisol, hormônio associado ao estresse. O dado sugere que equilibrar o emocional não apenas melhora a qualidade da relação, como também tem efeitos diretos na saúde física.

Para a psicanalista Gisele Hedler, especialista em comportamento humano, inteligência emocional envolve autorregulação, empatia, clareza emocional e comunicação assertiva: “São competências que permitem viver mais plenamente, pois ajudam a alinhar emoções e comportamentos. Isso se traduz em respeito, confiança, resolução saudável de conflitos e autenticidade no convívio a dois, aspectos que ganham ainda mais importância após os 50”.

Dicas

Mas como colocar isso em prática no cotidiano dos relacionamentos maduros? Gisele aponta algumas atitudes essenciais:

– Praticar a auto-observação: perceber gatilhos emocionais, identificar padrões de reação e entender o que está por trás de sentimentos como raiva ou insegurança. Esse olhar interno favorece respostas mais conscientes e equilibradas.

– Ouvir de verdade: a escuta ativa vai além de apenas esperar a vez de falar. “É acolher, validar sentimentos e se interessar pelo que o outro sente, criando um espaço seguro para a troca”, ressalta a psicanalista.

– Comunicar com autenticidade: expressar emoções sem acusações, usando frases em primeira pessoa como “eu sinto” ou “eu penso”. Essa abordagem evita mal-entendidos e fortalece a conexão do casal.

– Regular conflitos: discutir faz parte de qualquer relação. Mas perceber quando as emoções estão intensas demais e dar uma pausa pode evitar rupturas desnecessárias. Retomar o diálogo com calma é sinal de maturidade emocional.

– Valorizar o presente: para Gisele, em relações mais maduras, guardar mágoas antigas ou manter expectativas irreais pode ser um obstáculo. “Estar disposto a construir novas experiências com leveza e olhar para o que ainda pode ser vivido juntos é fundamental”, acrescenta.

– A inteligência emocional é um processo contínuo. Isso não surge automaticamente com a idade, mas com a disposição de se conhecer melhor e se abrir ao outro. Em relacionamentos maduros, essa habilidade pode ser a diferença entre repetir antigos padrões ou viver uma conexão verdadeiramente consciente e saudável. (com informações de O Globo)

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