Quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Voltar Adolfo Brito defende irrigação nas pequenas propriedades rurais, sob aplausos do plenário

Após fazer um emocionado pronunciamento da tribuna, no qual defendeu com urgência uma política de irrigação para pequenos produtores rurais se defenderem da estiagem, “sob pena de condená-los a eles e às suas famílias, à miséria e ao abandono de suas propriedades”, o deputado Adolfo Brito (PP) foi saudado no plenário, com aplausos pelos deputados das diversas bancadas. Foi no encerramento da sessão deliberativa da última terça-feira (19) ,quando Brito defendeu com veemência que o legislativo tome uma posição em apoio à pauta da irrigação e da desburocratização para a construção de barragens e açudes nas pequenas propriedades rurais como forma de amenizar os duros efeitos das estiagens que assolam sistematicamente, diversas regiões do estado.

Brito, que deverá assumir o comando da Assembleia gaúcha em 2024, reafirmou que a irrigação, e a construção de pequenos açudes devem ser o foco do seu trabalho, para o qual convocou todos os deputados “para esse bom combate”. Nesse sentido, ele defendeu que todos os deputados se unam em torno de um projeto viável, que respeite o meio ambiente, mas que também leve em conta o desespero dos pequenos agricultores, revelando que já abriu um dialogo com o Ministério Público nesse sentido.

Adolfo Brito lembra que outras regiões do Brasil e do mundo venceram o desafio da estiagem

Adolfo Brito foi enfático ao defender a pauta da construção de pequenos açudes, citando exemplos do Nordeste brasileiro e de Israel, que venceram esse desafio:

“O tema que nos estamos trazendo para analise aqui na casa do povo, é a possibilidade de melhorarmos a vida de centenas, milhares de pessoas, especialmente na área rural. Os efeitos negativos da estiagem nas culturas de verão, especialmente soja, milho, hortifrutigranjeiros é fato público e notório, e de conhecimento de todos nós nesta casa legislativa. Estou vindo de uma visita a áreas irrigadas do Rio São Francisco no estado de Sergipe. E eu gostaria que todos os colegas parlamentares pudessem ver o que se faz com a irrigação. Ver a produção existente nestes estados do Nordeste. Temos o exemplo de Israel onde as famílias em pequenas propriedades, produzem e exportam. E eu vejo aqui na região de Lagoão, de Passa Sete, de Arroio do Tigre, Soledade, Barros Cassal, centenas de famílias passando fome nas últimas estiagens. As prefeituras mandando caminhões, um para cada lado do município, para levar agua não só para os animais, mas para o consumo humano. E esta Assembleia Legislativa fica aqui pensando em qualquer outra coisa, enquanto precisamos muito ir ver o que está ocorrendo lá. Aqui chove 100 milímetros, 101 vai para o mar: nós não temos reservação de água. Animais morrendo nos campos. porque nos não levamos a sério” .

Assembleia terá o Marco da Irrigação

Adolfo Brito projeta que, no comando do legislativo, precisará do apoio de todas as bancadas para o enfrentamento desta pauta, priorizando uma espécie de “Marco da Irrigação” em 2024:

“Na presidência quero que todos vocês – deputados – nos ajudem. Quero apenas dizer da razão de todos brigarmos juntos como pessoas que querem melhorar o estado do Rio Grande do Sul, melhorar a economia, estancar a saída do jovem que completa a oitava série, vai embora e não volta porque a sua propriedade não tem viabilidade econômica. Ninguém consegue fazer um açude no interior, para que possa sustentar a pequena propriedade rural. Fui vereador seis anos, quatro anos prefeito, e e eu vi essa realidade: quero deixar esse desafio para a comunidade riograndense, cujos representares estão aqui: muitos foram vereadores, prefeitos. Nós temos que acudir esta gente. E na nossa próxima etapa no ano que vem, queremos brigar por reservação de água, irrigação, piscicultura. Queremos é acertar, fazer com que o agricultor possa permanecer produzindo. Hoje ninguém lembra dos pequenos. Queremos é viabilizar o agricultor, para ele não sair lá do interior. Vamos irrigar se Deus quiser. Irrigar também o nosso pensamento, para construir um projeto.

O inacreditável pedágio cobrado pela Ecosul no estado

O inacreditável reajuste de pedágio da Ecosul, no Sul do Estado fará com que a tarifa para carros suba de R$ 15,20 para R$ 19,60 em cada praça para veículos de passeio, a tarifa mais cara do Brasil, para uma rodovia repleta de problemas. Esta informação fez crescer o grupo que tenta, há anos, impedir a prorrogação do contrato com a Ecosul. Desta vez, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) anunciou que está se somando a entidades e parlamentares. A alternativa será liberar uma nova concorrência. A Ecosul naturalmente defende nova prorrogação, desta vez para estender até 2041 sua atuação na conservação de parte da BR-116 e da BR-392. A Ecosul está ali desde 1998, o que demonstra que tem aliados fortes, que têm autorizado sistemáticas prorrogações do contrato desde milionário negócio.

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