Segunda-feira, 02 de dezembro de 2024

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Voltar Acúmulo de ferro nas células pode levar ao Alzheimer

Um novo estudo publicado na revista Annals of Neurology revelou que o acúmulo de ferro nas células pode levar ao Alzheimer. O perigo está em uma forma de morte celular conhecida como ferroptose, que destrói a micróglia, um tipo de célula envolvida na resposta imunológica do cérebro.

Os pesquisadores conduziram o estudo examinando tecido cerebral de pacientes com a doença. O grupo se concentrou na mielina, bainha protetora que recobre as fibras nervosas do cérebro. Os pesquisadores descobriram uma forma em cascata de neurodegeneração desencadeada pela deterioração da mielina.

Na ocasião, o grupo também descobriu que a micróglia degenera na substância branca do cérebro de pacientes com Alzheimer. Na prática, quando a mielina é danificada, a micróglia entra para limpar os detritos. No entanto, as próprias microglias são destruídas pelo ato de limpar a mielina rica em ferro. É aí que acontece a ferroptose.

“Perdemos uma forma importante de morte celular na doença de Alzheimer. Não estávamos dando muita atenção à micróglia como células vulneráveis, e as lesões da substância branca no cérebro receberam relativamente pouca atenção”, afirma a equipe em meio a um comunicado divulgado pela própria instituição – a Oregon Health & Science University.

Morte celular

Frente as descobertas, o grupo desenvolveu uma nova técnica de imunofluorescência para determinar que a toxicidade do ferro estava causando a degeneração microglial no cérebro. A teoria é que isso é resultado do fato de que os próprios fragmentos de mielina são ricos em ferro, disse Back.

“A micróglia é ativada para mediar a inflamação, mas ninguém sabia que eles estavam morrendo em tão grande número. É incrível que tenhamos perdido isso até agora”, apontam os pesquisadores.

Ponto-chave

Anteriormente, um artigo publicado na revista Nature Aging sugeriu que nos pacientes com Alzheimer, a micróglia tende a ficar em estado pré-inflamatório e menos propensa a ser protetora, o que pode contribuir para a progressão da condição neurodegenerativa.

Na ocasião, os cientistas também afirmaram que a microglia pode mudar de tipo ao longo do tempo, e acompanhar essas mudanças pode ajudar a entender como essas células contribuem para o Alzheimer.

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