Segunda-feira, 02 de dezembro de 2024

Segunda-feira, 02 de dezembro de 2024

Voltar Acompanhado da primeira-dama, Michelle, Bolsonaro chora durante evento militar

O presidente Jair Bolsonaro chorou durante evento militar realizado nessa segunda-feira (5) em Brasília. Bolsonaro participou de uma cerimônia de cumprimento a oficiais das Forças Armadas que foram promovidos. Ele estava acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, que também se emocionou.

Bolsonaro não discursou durante a cerimônia. O chefe do Executivo apareceu visivelmente emocionado enquanto apertava as mãos dos oficiais e de suas esposas, no Clube Naval de Brasília. Em alguns momentos, chegou a enxugar lágrimas.

Essa é a terceira solenidade militar a que Bolsonaro comparece em um período de 10 dias. Nos dois eventos anteriores, o presidente também não havia discursado.

Bolsonaro está há mais de um mês sem fazer nenhum tipo de declaração pública, incluindo em suas redes sociais. Após sua derrota na eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no fim de outubro, o chefe do Executivo tem passado a maior parte do tempo no Palácio da Alvorada, sua residência oficial. Bolsonaro, no entanto, também tem ido esporadicamente ao Palácio do Planalto.

Apesar de pressionado a se posicionar sobre os atos antidemocráticos em frente a quartéis, o presidente tem preferido o silêncio. De acordo com pessoas próximas, o presidente teme frustrar a expectativa dos apoiadores que contestam o resultado das eleições e receia que qualquer declaração piore sua situação com a Justiça.

“Sensibilidade”

Já na tarde desta segunda, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), afirmou em seu perfil no Twitter que as lágrimas do presidente vieram porque “agora Bolsonaro pode ser como ele é”. Nogueira afirmou que, durante o mandato do chefe do Executivo, “tentaram desumanizar” e retirar sua “sensibilidade, simplicidade, humildade”.

Silêncio

A última vez em que o presidente falou diante da imprensa foi em 1º de novembro, no Palácio da Alvorada, ocasião em que não reconheceu o resultado da eleição e terceirizou para Nogueira a autorização para o começo da transição. Na ocasião, estradas federais e estaduais enfrentavam bloqueios de bolsonaristas em atos golpistas.

Neste período, o presidente reduziu a frequência de publicações nas redes sociais, e deixou até de fazer lives semanais, hábito que manteve durante todo o mandato. Bolsonaro chegou a passar 20 dias sem aparecer no Palácio do Planalto, seu local de trabalho. Neste intervalo, despachou e recebeu aliados no Alvorada.

Abatimento

Segundo aliados de Bolsonaro, a reclusão seria causada por uma erisipela, um tipo de infecção na pele que causa feridas inflamadas e doloridas. No entanto, pessoas próximas ao presidente disseram que ele está abatido após a derrota eleitoral, e que o comportamento dele causa preocupação.

“Ele acreditava que haveria alguma mudança no quadro político, em razão das manifestações à porta dos quartéis e nas rodovias, mas acho que percebeu que não tem jeito”, disse um amigo que esteve com ele na formatura da Aman recentemente.

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No Ar: Show da Tarde