Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Voltar A resistência de Ricardo Lewandowski em aceitar eventual convite para o Ministério da Justiça ampliou a corrida pela sucessão de Flávio Dino, aprovado para o Supremo

A resistência de Ricardo Lewandowski em aceitar eventual convite para o Ministério da Justiça ampliou a corrida pela sucessão de Flávio Dino, aprovado para o Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com interlocutores do Executivo, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, tenta emplacar no cargo o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Wellington César Lima e Silva. Ministro por poucos dias no governo Dilma, o nome de Wellington circulou no Planalto em clima de campanha após a aprovação de Dino. A análise política que corre em Brasília é que Wagner, com a indicação, cobra o preço por ter ido para o sacrifício e apoiado a PEC que limita poderes de ministros do STF. A equipe do senador nega o envolvimento de Wagner em campanhas para a Justiça.

Em outras alas do PT, a aprovação de Dino intensificou a mobilização para o advogado Marco Aurélio Carvalho ser o novo ministro da Justiça. Reforçaram o apoio a ele petistas de peso como Rui Falcão, Jilmar Tatto e Raimundo Bonfim. Carvalho tenta manter distância da campanha, é claro.

Aliados de Dino apostam que o ministro não ficará no cargo até a posse no STF, em fevereiro, para não causar desgastes ao governo. O problema é definir logo o sucessor, com o PT resistente à eventual interinidade do secretário executivo da pasta, Ricardo Cappelli.

Dino celebrou sua aprovação em dois eventos: uma rodada de pizzas reservada no ministério, e, depois, uma “costelada” na casa do senador Weverton, antecipada pela Coluna. Passaram por lá alguns fiadores da ascensão de Dino ao STF, como Gilmar Mendes e Davi Alcolumbre.

As falas de Paulo Gonet durante a sabatina e sua aprovação para ser o próximo procurador-geral da República foram lidas, nos bastidores do Ministério Público Federal, como um sinal de que ele será “nem caneta, nem gaveta”. Ou seja, nem punitivista rigoroso, nem garantista ao extremo.

De qualquer forma, Gonet deixou seu recado ao longo da sabatina que espera um MP sem deslumbramento. Ou seja, ele rejeita voltar ao protagonismo midiático que a instituição ganhou durante os anos da Operação Lava Jato, ainda de acordo com a leitura de servidores.
Um outro grupo no MP, por sua vez, tem a leitura de que, por mais garantista que o indicado de Lula possa ser, ele não tem o perfil de comprar brigas públicas e nadar na contracorrente. Assim, pode vir a ceder a pressões em processos de apelo popular, avalia-se nos bastidores.

Depois de se afastar do Ministério da Agricultura para ajudar na aprovação de Flávio Dino e de Paulo Gonet , Carlos Fávaro esticou sua volta ao Senado e se aliou à oposição para derrubar o veto do presidente Lula à desoneração da folha de pagamento.

Quatro “ministros-senadores” reassumiram os mandatos só para votar em Dino e Gonet. Renan Filho (Transportes) também esticou a passagem, mas votou com o governo na desoneração. Os outros (Camilo Santana, MEC; e Wellington Dias, Desenvolvimento Social) retornaram antes à Esplanada.

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