Domingo, 09 de fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 3 de outubro de 2023
O encontro do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pouco antes de o chefe da legenda afirmar que senadores do partido votariam a favor de uma eventual indicação de Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF) deixou os bolsonaristas em polvorosa.
Flávio Dino é cotado para assumir a cadeira de Rosa Weber no Supremo. A ministra se aposentou da Corte Suprema ao completar 75 anos, atingindo assim, o limite máximo de idade para atuar no STF.
O motivo principal da irritação, de acordo com aliados de Jair Bolsonaro, não foi a conversa em si, mas o fato de Valdemar não ter levado um fiel escudeiro do ex-presidente na agenda.
O pleito era o de que o presidente do PL deveria ter chamado um dos filhos de Bolsonaro ou um membro do partido próximo do ex-presidente.
Como informou o colunista do “Metrópoles” Igor Gadelha, Valdemar se reuniu com Flávio Dino no dia 19 de setembro, no Ministério da Justiça. A agenda teve participação do líder do PL na Câmara, deputado Altineu Côrtes (RJ).
Recentemente, o ministro da Justiça, afirmou que se o presidente da Republica, Luiz Inácio Lula da Silva, indicar ele a vaga no Supremo, vai ser difícil negar. O presidente Lula também estuda os nomes de Bruno Dantas, presidente do TCU, e Jorge Messias, advogado-geral da União.
“Se o presidente da República convida, é muito difícil dizer não. Vou estar desdenhando do STF, é descabido”, disse Flávio Dino. Ele acrescentou que Lula nunca conversou com ele sobre a vaga no STF. “Sequer insinuou”.
Dino também respondeu às críticas de que usaria o Supremo como trampolim para disputar a Presidência. Ele declarou ao Globo que “jamais” voltaria à política se fosse indicado ao Supremo.
“Se um dia, talvez, eu fosse para o Supremo e pensasse em retornar à política, haveria uma premissa de que eu usaria a toga para ganhar popularidade. Isso eu não farei, ou faria. Jamais. Seria uma decisão definitiva. Ou será, sei lá”, diz Dino.
Lula tem sido pressionado a indicar uma mulher negra ao Supremo, mas já disse que não vai considerar critérios de gênero e cor. Essa será a segunda indicação à Corte neste mandato. Para o lugar do ministro Ricardo Lewandowski ele nomeou Cristiano Zanin, que era seu advogado pessoal.
No Ar: Bom Dia Caiçara