Segunda-feira, 12 de maio de 2025

Segunda-feira, 12 de maio de 2025

Voltar A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, voltou a criticar o presidente da Câmara ao dizer que ele se contradiz ao apoiar déficit zero, de um lado, e pagamento obrigatório de emendas, do outro

A dirigente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou nessa sexta-feira (17), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por ele defender a meta de déficit zero nas contas públicas no ano que vem, ao mesmo tempo em que atua para que mais emendas parlamentares se tornem impositivas, ou seja, de pagamento obrigatório pelo governo.

“Fazer economia cortando com o dos outros é fácil, né?!”, ironizou a petista.

Gleisi tem feito uma série de contrapontos ao Congresso nesse terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No último mês, a deputada federal já havia afirmado que obrigar o Palácio do Planalto a pagar mais emendas era uma “interferência indevida” do Legislativo para atender “interesses políticos insaciáveis”.

Em meio às articulações de partidos do Centrão para a sucessão de Lira em 2025, a presidente do PT foi a público dizer que o partido pode ter candidato à presidência da Câmara. Além disso, a petista criticou Lira quando ele propôs limitar a capacidade de legendas com baixa representatividade parlamentar apresentarem Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ela também já disse que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fazia um “serviço à extrema direita” ao defender uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões monocráticas e pedidos de vista de ministros da mais alta instância do Judiciário brasileiro. O senador tem advogado, ainda, pela imposição de mandatos fixos para integrantes da Corte.

“Arthur Lira diz que é a favor do déficit fiscal zero, mas quer tornar obrigatório o pagamento das emendas de comissões temáticas do Congresso. Só este ano isso custaria mais de R$ 6 bilhões em novas despesas para o governo federal”, escreveu Gleisi nesta sexta-feira na rede social X (antigo Twitter). “Ou seja: podem cortar da Saúde, da Educação, do PAC, menos das emendas dos deputados e senadores. Fazer economia cortando com o dos outros é fácil, né?!”, emendou a petista.

A avaliação de integrantes do Executivo e do Legislativo é que o eventual bloqueio preventivo de recursos para cumprir o objetivo fiscal vai “estrangular” as emendas parlamentares e deixar o governo no controle das verbas por boa parte do ano de eleição municipal.

No entanto, o Congresso estuda diversas formas de evitar perder poder. Uma delas é a eventual criação da emenda de bancada partidária, anunciada pelo relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), na semana passada.

 

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