Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Voltar A pandemia e o individualismo 

Há meses atras ainda falávamos de pandemia, não a primeira da história da humanidade e, imagino, que também não a última. Esta, por sua vez, com reclusão, com menos contato humano, com o que foi chamado por muitos de reflexão da humanidade sobre benevolência, empatia ao próximo, universalismo. Hoje, já vendo a luz no final do túnel da covid-19, vemos também um início de uma guerra entre dois países. Dois povos em pleno século 21, e de novo, não é a primeira guerra que vemos, mas gostaria de pensar que pudesse ser a última, e que tantas que seguem infinitamente como Iraque, Afeganistão, Haiti, entre outras pudessem findar também.

Mas o que quero dizer com isso, é que a história é cíclica, e que deveríamos aprender com ela. Não é de hoje que o ser humano desafia a natureza, que segue em busca de riquezas a fim de conquistar mais poder, mais posição social, mais individualismo, que busca ser dentro de uma ideia, algo acima de todos, ideia que pode ser uma bandeira, um país, uma ideologia ou religião. E que basicamente toda vez que o ser humano concentrou poder, ou seja, o ato de decidir o rumo de um determinado agrupamento de indivíduos em uma única pessoa, tivemos problemas, como por exemplo, Josef Stalin, Saddam Hussein, e o mais conhecido, talvez: Adolf Hitler. O que estas pessoas tinham em comum além de um desejo absurdo por poder e conquista e uma grande facilidade de articulação de uma ideia que movesse um grande número de indivíduos carentes de alguma necessidade rumo a sua “liderança”? Tinham o sentimento de individualismo acima de tudo.

Na pandemia, se falou muito em compaixão, na falta que faz o convívio entre as pessoas, do cuidado com o próximo, do repensar nossas atitudes, no entanto, um dado levantado pela CNN Brasil (2021) em uma pesquisa realizada com 578 brasileiros pós-pandemia revelou que não é bem isso. Segundo o pesquisador Ronald Fischer, psicólogo e pesquisador IDOR,  “os valores que observamos sobressaindo entre os brasileiros não são tão desejáveis, quando pensamos em um contexto colaborativo de sociedade, uma vez que motivam ações e pensamentos mais restritos a um ciclo pequeno de pessoas, ao invés de pensar no coletivo. Despertam ações individualistas e egoístas, colocando o seu próprio prazer acima do de outras pessoas. Valores altruístas e de atenção ao coletivo parecem ter diminuído”.

Em resumo, este apontamento serve para repensarmos nossa condição de colaboração coletiva. Seja através de instituições, associativismo ou mesmo nas manifestações diárias, com colaboradores em nossa empresa, com a comunidade, nas nossas redes sociais, enfim, começar a propagar o coletivo; não só com as ideias, mas também com as pequenas ações. Ao entender o quão gratificante pode ser o retorno da promoção do bem comum, um ato altruísta pode trazer benefícios incríveis, tanto para nós, como executores, como para com nosso círculo de pessoas. Se todos pensassem assim, não seria necessário tanto investimento em armas e guerra, mas sim, em saúde e educação. Olhem para a história da humanidade, não precisamos repetir os mesmos erros, olhem para fora de suas janelas e pensem: o que posso fazer por alguém hoje? Reflita!

Roberto Cainelli Júnior – FEDERASUL – Divisão Jovem
Sócio Fundador e dirigente da Vinícola Cainelli
Sócio Fundador da Aventura GarageWine
Coordenador comitê da 17 Fenavinho
Diretor de relacionamento vitivinícola do CIC-BG
Coordenador da Câmara técnica de turismo do Bento +20

Voltar

Compartilhe esta notícia:

Deixe seu comentário

No Ar: Embalos & Loterias