Sábado, 27 de julho de 2024

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Voltar A Marinha do Brasil decidiu não usar a internet da Starlink em alguns dos principais navios da frota, alegando interesse experimental na tecnologia de Elon Musk

A Marinha brasileira optou por utilizar a internet da Starlink em alguns dos principais navios da frota, alegando interesse experimental na tecnologia do bilionário Elon Musk. Apesar de ter recorrido aos serviços para ter conexão nas embarcações em alto mar, o Comando da Força Naval informa que não permitirá o tráfego de informações militares pelos satélites de Musk.

A expansão global da empresa SpaceX, dona da rede de satélites Starlink, já motivou alertas de organismos internacionais e de especialistas por causa da hegemonia de Elon Musk nas telecomunicações de todo o mundo. Ao garantir internet em localidades remotas da Terra, o bilionário passou a ser decisivo na geopolítica e a influenciar até desdobramentos das guerras modernas. A tecnologia da Starlink também está presente na Amazônia desde o ano passado, após a visita de Musk ao Brasil e o seu interesse em “conectar” a região.

De acordo com a explicação da Marinha para o uso da tecnologia em sua frota, a Starlink está sendo testada e vai apenas “complementar os sistemas de comunicação dos navios”, sem substituir nenhuma “tecnologia de comunicação ou conectividade de bordo aplicada à Defesa”.

“Nenhuma estação de trabalho na qual trafegam dados militares terá acesso à rede Starlink, bem como nenhum documento de natureza militar será recebido ou transmitido por essa rede”, informou a Marinha.

A tecnologia será usada para internet com fins ostensivos, sendo completamente segregada das redes de bordo e demais redes de dados. Assim, informações tipicamente militares não serão transmitidas ou recebidas pelos satélites da Starlink.

Os kits da Starlink foram adquiridos para o Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico, a maior embarcação do País; para o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel, do Programa Antártico Brasileiro; e para o Navio-Patrulha (NPa) Maracanã, principal embarcação da Marinha para o patrulhamento na faixa compreendida entre os estados de São Paulo e Paraná. Os novos equipamentos de internet e o serviço custarão à Marinha, ao todo, R$ 149 mil para o período de um ano.

Segundo os militares, a Starlink no navio de pesquisas permitirá mais segurança. “Contribuirá significativamente para a segurança da navegação como mais um meio de acesso a produtos de previsão meteorológica disponíveis na internet, especialmente face ao contexto de condições meteorológicas severas que são enfrentadas durante a prolongada permanência do navio no continente Antártico. Além disso, o recurso será importante ao contribuir para a salvaguarda da vida humana no mar, com a possibilidade de uso da telemedicina em uma região de escassos recursos sanitários, como é o caso da Antártica”, informou o Comando.

 

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