Voltar Governo autoriza criação de nova “lista vermelha” de criminosos mais perigosos do País

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou nesta segunda-feira (8) a criação da nova “lista vermelha” brasileira, que reúne os criminosos mais perigosos procurados pela Justiça no País.

A lista já está disponível e pode ser encontrada no site do governo federal. Cada Estado, além do Distrito Federal, poderá incluir na lista até oito nomes de foragidos cuja captura considerem estratégica para a segurança pública. Isso significa que a lista apresenta o perfil de 216 criminosos no total.

Até o momento, no entanto, alguns Estados indicaram um número menor de procurados. De todos os procurados incluídos até agora, apenas três são mulheres.

De acordo com o Ministério da Justiça, entre os critérios para inclusão na lista estão a importância da prisão do indivíduo para desestruturar uma organização criminosa da qual ele faça parte; e a gravidade dos crimes cometidos por ele. Terão prioridade os foragidos que foram condenados por crimes violentos e hediondos.

A lista, batizada de Projeto Captura, está disponível em um site ligado ao ministério, que pode ser acessado por qualquer pessoa.

No espaço, é possível encontrar fotos e informações básicas sobre os criminosos, como o nome, apelidos e data de nascimento. Será possível ainda encontrar canais para enviar denúncias que levem à captura desses foragidos.
Com a lista, o ministério pretende ainda permitir às forças de segurança de todo país acesso fácil às informações dos criminosos mais procurados e, com isso, ampliar os esforços para a captura deles.

A oferta de recompensa por informações que levassem à prisão dos criminosos da lista chegou a ser avaliada, mas não foi incluída. O projeto prevê ainda a criação de uma célula do Ministério da Justiça que ficará no Rio de Janeiro e se dedicará à localização de criminosos foragidos que estejam escondidos naquele estado.

Também nesta segunda, Lewandowski assinou uma portaria que instituiu o Sistema Nacional de Inteligência para Enfrentamento ao Crime Organizado.

Esse sistema pretende reunir informações e dados de inteligência policial relevantes para o combate às organizações criminosas e que poderão ser compartilhadas entre as forças policiais federais e dos estados.

A portaria prevê que o sistema vai promover a integração policial, viabilizar a operação conjunta de bancos de dados relacionados às organizações criminosas e incentivar ações permanentes de combate a esses grupos.

Poderão ter acesso ao sistema a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), ligadas ao Ministério da Justiça; além de polícias civis, militares e penais ligadas aos estados e ao distrito federal.